rien, entrevista com andré cepeda

 

Na sequência do lançamento do seu novo livro RIEN, através da editora Pierre von Kleist uma pequena conversa com o André Cepeda sobre fotografia, livros, vida. A conversa com o André decorreu enquanto ele esteve presente numa residência artística em São Paulo, pelo que este nosso diálogo, apesar de escrito, teve um curso algo deambulante, o qual acabou por se constituir também em desafio de montagem/transcrição. A 15 de Dezembro irá ser apresentada a série RIEN no Museu do Neo-Realismo em Vila Franca.

 

 

João Henriques – André, comecei por te fazer algumas perguntas, da mesma forma que faço a outros convidados, mas as tuas respostas foram subvertendo esse curso, pelo que transcrevo algo do que me escreveste, na esperança de que os leitores, nesta espécie de “entrevista sem perguntas”, ainda assim possam encontrar um caminho e um sentido para esta troca de ideias…

André Cepeda – Quando iniciei a minha carreira em 1999, tomei uma decisão muito séria. Depois de ter estado desde miúdo envolvido na fotografia, devido à relação que a minha mãe tinha com os Encontros de Fotografia de Coimbra, dediquei-me desde muito novo a fotografar e a tentar criar o meu olhar dentro das influências que ia tendo e descobrindo. Mas desde sempre, e ainda hoje, que a minha relação com a fotografia é a mesma. É algo que, mesmo para mim, é difícil de explicar através de palavras. Existe uma necessidade muito grande em explorar aquilo que tenho para dizer, de tentar experimentar o máximo possível de coisas, explorar o próprio processo fotográfico, a sua linguagem, como fiz no RIEN.

 

“Dificultar as coisas até ao limite,

tentar olhar para o nada, o vazio,

até conseguir encontrar-me nesse espaço.

 

“A dança da realidade

a impotência da fé

exercício da solidão

o confronto no auge da representação da palavra e da acção, do gesto, da ideia”

 

 

Muito do meu trabalho é para mim um exercício de como olhar. Para um objecto, ou um corpo. Qual é o enquadramento que vou fazer, qual a minha relação e como me vou relacionar com o que estou a ver, qual é a distancia certa para fotografar, como é que tudo se relaciona com o que estou a fazer, fará sentido com as imagens que fiz antes…

 

…são as próprias imagens que me conduzem. São as imagens que vou fazendo que me levam a reflectir no que poderei fazer a seguir, quase como se estivesse a construir uma narrativa cinematográfica, mas de uma forma mais abstracta, em que a história não interessa para nada, mas sim a minha experiência e aquilo que eu quero descobrir.

 

JH – RIEN parece ter ligações óbvias com ONTEM, e digo parece, porque nem sempre o óbvio o é assim tanto. O termo documental talvez seja uma catalogação ineficaz para esta tua fotografia…

AC – Pois podes dizer que o “Ontem” tem uma linguagem documental, mas quem está ali acima de tudo sou eu. O livro tem de facto uma construção documental, uma ideia de base, que fala sobre um território específico e um género de pessoas, mas a construção da narrativa é ficção, e quem está ali a viver aquilo durante 4 anos sou eu. Aquilo que me interessa é crescer e aprender com os meus projectos, com aquilo que faço. Ainda hoje aqui em São Paulo, estava a apresentar o meu trabalho, eles perguntavam-me o que estava a fazer aqui, qual era o projecto, a ideia, como estava a desenvolver o meu trabalho. E eu respondi que não sabia, que essa liberdade, essa indefinição de não saber o que estava a fazer, era a melhor coisa para mim. Deixo-me guiar por um instinto, por algo que não sei explicar, que é muito sensível, ténue, com fronteiras muito próprias. Existe um momento em que as coisas se clarificam, que por si próprias ganham forma e razão de existir, tornam-se um corpo de imagens que serão posteriormente editadas, seleccionadas e mostradas Acho que quanto menos controlar aquilo que faço, quanto menos explicações arranjar e argumentos, mais prazer me dá trabalhar, mais as coisas correm melhor, mais aprendo com aquilo que faço e mais me surpreendo. Pois o improviso e a liberdade de não estares preso a nada, de poderes reagir no momento, de estares atento ao teu instinto, isso é que é importante para mim.

Depois de passar a fase de fotografar e quando sinto que quero parar, dou sempre bastante tempo até começar a olhar para o que fiz e começar a editar o trabalho. Sou sempre eu que escolho os designers com quem quero trabalhar, pois cada designer tem um estilo próprio. O livro é produzido em equipa. Sou eu, a Sara (a minha mulher), o designer e o editor ou neste ultimo caso, os editores. Todas as decisões são tomadas em conjunto e costumo dizer que o livro é tanto meu como deles. Neste processo existe algum tempo de pesquisa para que o livro seja produzido de acordo com o trabalho. Desde o inicio que começo a fotografar, o meu objectivo é fazer um livro, o rigor e o aspecto técnico são muito, muito importantes, estamos a falar de um livro, que é feito de papel, que leva tinta, verniz, e tem uma sequência de imagens com uma capa. São muitos elementos distintos, e as decisões que se tomam são para sempre e têm que ser bem pensadas e testadas. Este processo leva muito tempo e é muito doloroso. Cada livro é uma viagem diferente.

 

 

Um desejo.

Sobre um desejo.

Sobre a dúvida e a incerteza.

♦♦♦

 

do fim para o nada

 

 

 

 

 

as usually 
I don’t know where I am going,
I have a small ideia of places that interest me, 
and images I want to do, 
I remain free to decide and improvise 
when I am shooting. 
loosing myself 
during the day or night 
The thing is that it’s so important to loose yourself. 
it’s an hard way 
dealing with your feelings
and trying to understand what you want and what is this all about
this is many times the question
Walking alone in the city with a camera. Trying to find yourself
the most important in life is this freedom to speak, 
and we speak with images. 
Life without art is no life. 
Poetry
This is the only way I feel it makes sense. 
It just makes sense if I can share. 
If I can learn with the other artists and persons I admire. And there are so many
is photography still important this days. 
Does it makes sense to photograph today. 
How can I 
in 2020 still do images. 
Can i do one good image?
did i ever did one good image?
photography
Is a way of surviving for me. 
I can’t live if I have not the freedom to speak 
and express myself. 
Poetry. 
Again and again. Its about poetry. 
freedom. 
Its about me. 
it’s about us
it’s about living
it’s about seeing 
and feeling and being part of all this
and it’s about resistence
resisting against the dark
I feel the world has changed
I’m not looking for normal images, or photographing 
what I already know  
I’m looking for that images and moment I have never lived, 
and I can learn with. 
I want to learn reading the everyday life, 
loosing myself. 
forgetting 
photography for me is this contact with the unknown. 
And like that I can understand myself.  
A state of mind. and it’s hard. It’s difficult. it’s magical
I’m not looking for the normal, and easy
and I’m not looking for showing a specific part of the history 
or documenting something specific.  
Poetry. music. sounds. colours. shapes. forms. lines. abstractions. 
and real things, people, people with real problems, 
existencial problems, human condition. 
Existentialism
we have always to fight 
We have the power to change. 
By resisting
not forgetting the important things life give us 
We shouldn’t be afraid 
and always think by our own
reflecting what we think and feel, now
it’s about us.

 

 

 

mail:

mail@andrecepeda.com

tel:

00351 934271708

Others:

At the moment André Cepeda has a solo show curated by Urs Stahel, at MAAT - Museum of Art, Architecture and Technology in Lisbon, until January 2021

His last book published by Pierre Von Kleist Editions, can be ordered here

Solo exhibition at Cristina Guerra Contemporary Art in 2021

Developing a new project for Rialto6 to be presented in September 2021

André Cepeda was born in Coimbra, in 1976. He currently lives and works in Lisbon, Portugal. In 2012, artist in residence at the FAAP, São Paulo, as the recipient of a scholarship granted by the Calouste Gulbenkian Foundation. Cepeda was shortlisted for the Paul Huf Award, Foam Fotografiemuseum, Amsterdam (2011); Prémio BESPhoto, Lisbon (2010); and the EDP Foundation New Artists Prize, Lisbon (2007). He has been showing his work regularly, in Portugal and abroad, since 1999. He has since then made multiple artist residencies and received many commissions, among which stand out the 2010 Lisbon Architecture Triennale, EDP Foundation (2014), the Fundação de Serralves (2014) and Gulbenkian Foundation (2019). In 2016 he was artist in residency at the Residency Unlimited, in Brooklyn NY, in the context of the partnership Atelier-Museu Júlio Pomar/ EGEAC and Residency Unlimited, NY. He is currently working in a new exhibition and book project with Urs Stahel, to be presented in 2020.

Among his many exhibitions stand out: Cristina Guerra Contemporary Art, Lisbon; Benrubi Gallery, NY; Fridman Gallery, NY; Galeria Pedro Oliveira, Oporto; MNAC – Museu Nacional de Arte Contemporânea, Lisbon; Kasseler Fotoforum, Kassel; Gallery INVALIDEN, Berlin; Espace Photographique Contretype, Brussels; Standard/Deluxe, Lausanne, Switzerland; MARCO — Museo de Arte Contemporánea de Vigo; Le Bal, Paris, France; Haus der Photographie, Hamburg; Wohnungsfrage — Haus der Kulturen der Welt, Berlin; Serralves Contemporary Art Museum, Oporto; CGAC—Centro Galego de Arte Contemporánea, Santiago de Compostela; Calouste Gulbenkian Foundation, Paris; Museu Oscar Niemeyer, a Caixa Cultural, Rio de Janeiro and MASP — Museu de Arte de São Paulo, Brazil.

His work is represented in multiple public and private collections.

André Cepeda founded Blues Photography Studio in 2005 where he produces work for many photographers, instituitions and gallery’s, printing, scanning and photographing. www.blues.com.pt. Since 2008 he runs Inc. Livros e edições de autor, a bookshop specialized in artist books. www.inc-livros.pt. André Cepeda gives a one week workshop every year at the Photography School CEPV, Vevey, Switzerland.

André Cepeda is represented by Cristina Guerra Contemporary Art, Lisbon, Galeria Pedro Oliveira, Oporto and Benrubi Gallery, NY.

Grants/Residencies/Commissions:

2019
Gulbenkian Foundation

2018
Representação Oficial Portuguesa na 16ª Exposição Internacional de Arquitetura – La Biennale di Venezia
EDP Foundation

2016
ATELIER-MUSEU JÚLIO POMAR/ EGEAC E RESIDENCY UNLIMITED, NY

2014
Serralves Museum of Contemporary Art, Porto: work commissioned for the exhibition The SAAL Process: Architecture and Participation, 1974-1976
European Photo Exhibition Award, EPEA02
Ordem dos Arquitectos, Lisbon

2013
Offline Residence (Xerem Associação Cultural), Lisbon
National Museum of Ancient Art, Lisbon
Artist-in-residence, Fundação EDP – Electricity Museum, Lisbon

2012
Calouste Gulbenkian Foundation, Lisbon
Artist-in-residence, FAAP, Sao Paulo, Brazil

2011
Nominated for the Paul Huf Award, Foam Fotografiemuseum Amsterdam, Holland
Ordem dos Arquitectos, Lisbon
Calouste Gulbenkian Foundation, Lisbon

2010
Lisbon Architecture Triennal, Lisbon
BESPhoto Photography Prize, Lisbon
Champalimaud Foundation, Lisbon

2009
Reitoria da Universidade do Porto, Porto

2007
EDP Prize – New Artists
IEFP, Ministério do trabalho, Testemunhos – Iniciativa Novas Oportunidades

2006
RAR Holding, Porto

2003/2004
Artist-in residence, António Henriques Galeria de Arte Contemporânea, Viseu

2002
Centro Nacional de Cultura, Lisbon

2001
Museu da Imagem, Encontros de Imagem, Braga

2000
Portuguese Center of Photography, Porto

1999/2000
Artist-in-residence, Espace Photographique Contretype, Brussels, Belgium


Solo exhibitions:

2017
Depois, Benrubi Gallery, New York
Cão, Galeria Pedro Oliveira, Porto
Uma especie de silêncio, CAAA, Guimarães
Rasgo, Cristina Guerra Contemporary Art, Lisbon, 2017

2016
At the eyes ground, Fridman Gallery, New York, 2016
Depois, MNAC – Museu Nacional de Arte Contemporânea, Lisbon 

2015
Untitled, Old School, Lisbon a project by Susana Pomba
Rien, Kasseler Fotoforum, Kassel, Germany

2014
Rien, Centro Cultural Vila Flor, Guimaraes
Kanal, Standard Delux, Lausanne, Switzerland
Rien, Câmara Escura, Torres Vedras

2013
Explicação da Lâmpada, Galeria Pedro Oliveira, Porto
Sob um sol recto, Galeria Pedro Cera, Lisbon

2012
Rien, Galeria Pedro Cera, Lisbon
Rien, Museu do Neo-Realismo, Vila Franca de Xira 
Ontem, Galery INVALIDEN1, Berlin, Germany
Canal, with Eduardo Matos, Espace Photographique Contretype, Brussels, Belgium

2011
CAV-Centro de Artes Visuais, Coimbra

2010
O que o futuro foi, Mostra de Vídeo, Laboratório das Artes, Guimaraes 
Untitled, Galeria Pedro Oliveira, Porto
Ontem, Espace Photographique Contretype, Brussels, Belgium 
BESPhoto Photography Prize, Museum Berardo, CCB, Lisbon

2009
River, Galeria Pedro Cera, Lisbon; Galería AdHoc, Vigo, Spain
Untitled, The Mews – Project Space, London, UK
Project Room, Galeria Reflexus, Porto

2008
Sem título, Mad Woman in the Attic, Porto
Ontem, ZDB Gallery, Lisbon

2006
Stasis, Galeria Pedro Cera, Lisbon
Provas de Trabalho, Projecto Apêndice, Porto
Moving#3, IN.TRANSIT, Edificio Artes em Partes, Porto
Moving#2, Galeria AdHoc, Vigo, Spain
Moving, Cinematic Art Gallery, Vila do Conde
Anacronia, KGaleria, Lisbon

2005
Anacronia, Museu de Imagem, Braga
Anacronia, Espace Photographique Contretype, Brussels, Belgium
Jungle, Espaço Bartolomeu 5, Lisbon

2004
Viseu, António Henriques Galeria de Arte Contemporânea, Viseu
Closer, Galeria +Consigo, Coimbra

2003
Mapa de Intensidades, Oficina, Galeria Fernando Santos, Porto

2002
Anacronia, Gallerie Image, Aarhus, Denmark
Corpo, tempo, desejo e morte, Galeria Massa, Porto e Vulcão dos Capelinhos, Azores

2001
Pontes, lugares e antropologia, Silo-espaço cultural, Portuguese Center of Photography, Porto

2000
Anacronia, Encontros de Fotografia de Coimbra, Coimbra


Group exhibitions:

2018

Before and After Architecture, Chicago Architecture Biennial, with Nuno Brandão Costa, Chicago
Public without rhetoric, Representação Oficial Portuguesa na 16ª Exposição Internacional de Arquitetura – La Biennale di Venezia, Veneza
Variations Portugaises, Abbaye St. André – Centre de Art Contemporain Meymac
Escala 1:1. 21 Artistas Contemporâneos Portugueses, Tabacalera, Madrid
A preto&branco, Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa
Rhytm of Distances: Prposition for the repletion, Galeria Vertical/Silo Auto, Porto

2017
Uma Colecção = Um Museu, MACE – Museu de Arte Contemporânea de Elvas, Elvas
Them or us, Galeria Municipal do Porto, Porto
Un certain regard, Obras da Colecção Norlinda e José Lima, CAV, Coimbra
Da fuga e do encontro: Inversão do Olhar – Espaço Novo Banco; Lisboa

2015
Edita: secuencia/sentido, CGAC-Centro Galego de Arte Contemporánea, Santiago de Compostela, Galicia
The New Social, European Photo Exhibition Award, House of Photography at Deichtorhallen Hamburg, Germany
The SAAL Process: Architecture and Participation, 1974-1976, CCA – Canadian Centre for Architecture, Montreal, Canada (cur. Delfim Sardo and Susan Cotter)
International Fotobook Festival, Kassel, Germany
Calouste Gulbenkian Foundation, Paris, France (cur. Miguel von Hafe Pérez)

2014
The SAAL Process: Architecture and Participation, 1974-1976, Serralves Museum of Contemporary Art, Porto (cur. Delfim Sardo and Susan Cotter)
The New Social, European Photo Exhibition Award, Calouste Gulbenkian Foundation, Paris, France
Le Bal Books Week-end, Le Bal, Paris, France
The New Social, European Photo Exhibition Award, Fondazione Banca del Monte di Lucca, Lucca, Italy; Calouste Gulbenkian Foundatio 02, Paris, France
Nobel Peace Centre, Radhusplassen, Oslo, Sweden (cur. Sérgio Mah)
SUB 40’, Galeria Municipal Almeida Garrett, Porto
Brussels Unlimited - Collection Contretype, Espace Contretype, Brussels, Belgium
Revisitação, Galeria Pedro Oliveira, Porto
Roubaram a partitura, no vazio seguimos, Jardins Efémeros, Viseu (cur. Miguel von Hafe Pérez)
Lei de Ohm, Museu da Electricidade, Lisbon (cur. Filipa Valladares)
Muralhar: Artistas POrtugueses Contemporâneos, Oi Futuro, Rio de Janeiro, Brazil (cur. Delfim Sardo)
The New Social, European Photo Exhibition Award, The Nobel Peace Center, Oslo

2013
Biennial of Photography MASP/Pirelli, MASP, São Paulo (cur. Ricardo Resende)
Visões do Desterro, Caixa Cultural do Rio de Janeiro, Brazil
A Arca Invisível, National Museum of Ancient Art, Lisbon (cur. Delfim Sardo)
Noise, Pedras & Pêssegos, Porto

2012
Buildings and Remnants, Fábrica ASA, Guimaraes European Capital of Culture, Guimaraes (cur. Inês Moreira and Agneta Szylak)
Materiality, Alternativa 12, Wypsa Institute of Art, Gdansk, Poland (cur. Inês Moreira and Agneta Szylak)
New/Old Life, Galery Blanca Berlin, Madrid, Spain

2011
Wherever I Lay My Camera Down is Home, Photographic Festival in Rome, Rome, Italy (cur. Paul Wombel)
Ontem, Encontros de imagem de Braga
Arte Lusófona Contemporânea, Galeria Marta Traba – Fundação Memorial da América Latina, Sao Paulo, Brazil
Panis et Circensis, Centro de Artes de Sines, Sines (cur. Filipa Valladares)
Da outra margem do Atlântico – videoarte e fotografia portuguesa, Centro de Artes Helio Oiticica, Rio de Janeiro, Brazil (cur. Paulo Reis and David Barro)
Private Lives, Centro Cultural de Cascais, Cascais
Da Cartografia do Poder aos Itinerários do Saber, Museu Nacional-Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brazil, and Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra

2010
Ré-collection, Espace Photographique Contretype, Brussels, Belgium (cur. Jean-Louis Godefroid
Impresiones Y comentários – Fotografia Contemporánea Portuguesa, Fundació Foto Colectania, Barcelona, Spain (cur. João Fernandes)

2009
A iminência da queda, Galeria Diário de Notícias, Lisbon
Rescaldo e Ressonância, Reitoria da Universidade do Porto, Porto (cur. Inês Moreira)
Está a morrer e não quer ver, Espaço Campanhã, Porto (cur. José Maia)

2008
The Core of Industry – European Photography, Reggio Emilia 2008 – Musei Civici di Reggio Emilia, Spazio Gerra, Reggio Emilia, Italy
Testemunhos – Trajectos de Qualificação, Edifício da Alfândega, Porto (cur. Sérgio Mah)
Paraísos Indómitos, Marco Museu de Arte Contemporáneo de Vigo, Spain (cur. Virginia Torrente)
Territoire, 6ª Biennale Internacional de Fotografia de Liége, Liége, Belgium 
Where are you from? Portuguese Contemporary Art, Faulconer Gallery, Grinnell College, Grinnell, Iowa, USA (cur. Lesley Wright)

2007
EDP Prize – New Artists, Central Eléctrica do Freixo, Porto
Antimonumentos, António Henriques Galeria de Arte contemporânea, Viseu (cur. Miguel von Hafe Pérez)
Deslocações: 4 perspectivas contemporâneas portuguesas, Comité Económico e Social Europeu, Brussels, Belgium (cur. Lúcia Marques)
PhotoLondon 2007, Galeria AdHoc, London, UK
Intro, Espace Photographique Contretype, Brussels, Belgium
Bxl, Centre Wallonie-Bruxelles à Paris, Paris, France

2006
Busca-Pólos, Centro Cultural Vila Flor, Guimaraes and Pavilhão de Portugal, Coimbra
Residências I, Museu do Caramulo, Caramulo
Encontro de Arte Jovem, Bienal de Arte, Chaves
CO2, Miedzynarodowe Centrum Kultury, Krakow, Poland

2005
Colecção da Fundação PLMJ, Centro de Artes Visuais, Coimbra (cur. Miguel Amado)
Creators of European Photography, Photo Festival Union, Lodz, Poland
Desenhar Discurso: Digressões sobre uma urbanidade disruptiva, XIII Bienal de Cerveira, Vila Nova de Cerveira (cur. Miguel von Hafe Pérez)

2004
Re-produtores de sentido, Arte Sesc, Rio de Janeiro, Brazil (cur. Miguel von Hafe Pérez)
E no princípio era a viagem, Bienal de Pontevedra, Pontevedra, Spain (cur. Miguel von Hafe Pérez)

2003
Et puis... voilá, António Henriques Galeria de Arte Contemporânea, Viseu
Colecção de Arte Contemporânea da Caixa Geral de Depósitos, Museu Extremeño e Iberoamericano de Arte                      Contemporânea, Badajoz, Spain
Pingyao International Photography Festival, Pingyao, China
Salão Europeu de Jovens Criadores, Montrouge/Sant Cugat/Amarante

2002
Galeria Fernando Pradilla, Madrid
Pontes, lugares e antropologia, Cadeia da Relação, Portuguese Center of Photography, Oporto

2001
Memórias da Cidade, Encontros de Imagem, Braga

2000
Bruxelles Active, C02, Brussels, Belgium (cur. Jean-Louis Godefroid)
Bruxelles a l’infini, Espace Photographique Contretype, Brussels, Belgium (cur. Jean-Louis Goderfroid)
 

Collections:
Fundação de Serralves – Museum of Contemporaray Art, Porto
CGAC – Centro Galego de Arte Contemporânea, Santiago de Compostela, Spain
MNAC – Museu Nacional de Arte Contemporânea, Lisboa
Colecção António Cachola, Elvas
Museu de Arte do rio, Rio de Janeiro, Brasil
Espace Photographique Contretype, Brussels, Belgium
Faulconer Gallery, Grinnell, Iowa, USA
Instituto Camões, Foreign Affairs Ministery, Lisbon
National Photography Collection, Ministery of Culture, Porto
Encontros de Fotografia de Coimbra, Coimbra
Museu da Imagem/Encontros de Imagem, Braga
Culturgest-Caixa Geral de Depósitos, Lisbon
PLMJ Sociedade de Advogados, Lisbon
Museu do Caramulo, Caramulo
Câmara Municipal de Chaves, Chaves
Banco Espírito Santo, Lisbon
Ilídio Pinho Foundation, Oporto
Amorim Turismo, Troia
RAR Holding, Porto
ZdB Collection, Lisbon
Mica, Vigo, Spain

 

Books:
RDHK, self published, NY, 2016
Depois, MNAC/Pierre von Kleist Editions, Lisbon, 2016
Rua Stan Getz, Pierre von Kleist Editions, Lisbon, 2015
Rien – text book, CCVF, Guimarães, 2014
Whispering Light, self published, 2013
Kanal, Edition Contretype, Brussels, 2012
Rien, Pierre von Kleist Editions, Lisbon, 2012
Ontem, Cahier Blue, Brussels, 2010
River, self published, 2009
Anacronia, Edition Contretype, Brussels, 2005

 

Discography:
River, Lp, 50 copies
Kanal, Lp, 25 copies
Electricity, single, 150 copies

 

Filmography:
casal, 16mm, color, 1'25''
bandeiras, 16mm, color, 2’30’’
rien, 16mm, color, 3’15’’